domingo, 29 de agosto de 2010
Sonho que o vento não pode apagar.
Sonhos são projeções esfumaçadas de um futuro que planejamos.
Assim são porque não se pode ver bem, também porque ao longo do tempo, a vida tende a soprar em meio a essa fumaça e dar novas formas e cores a essa visão embaçada.
E é nesse sopro que a imagem ganha visibilidade, e o que antes era uma visão embaçada começa a ganhar forma.
Vez ou outra conseguimos a graça de ver melhor aquilo que antes imaginavamos ser uma coisa e na verdade era outra, talvez muito parecidas mas ainda outra. É graça, embora possa vir a ser o fim de muita coisa que julgavamos coerente e que agora diante de tal fato, já não pode mais ser sustentado, do contrário deixaria de ser sonho e passaria a ser ilusão. Sim, chamo de graça ainda que doa, ainda que desconstrua um mundo dentro de nós, justamente porque só seria um sonho-vivivel-visivel-real se após o sopro do vento e o esvair da fumaça, ele ainda estivesse lá mais nítido do que nunca.
A verdade é que os sonhos são feitos de construções e desconstruções. Ao final, a concretização daquilo que propusemos incialmente jamais será realizada na integra, não porque fracassamos no meio do caminho mas porque o sonho foi mudando e se moldando conforme a realidade que o rodeia.
Lembro do mestre Yoda no filme Star Wars, quando disse sabiamente sobre o futuro, algo como:
"Difícil prever, sempre mudando o futuro está."
Feliz frase essa, o futuro sempre está mudando, não que o futuro mude por sí só mas porque as pessoas sempre estão em constante estado de mudança.
Tudo o que eu disse acima é real, embora só seja para pessoas reais, pois há quem projete sua propria ilusão e nela viva sufocado pela fumaça.
Dito tudo isso, não temo meus sonhos, já que nada podemos contra a verdade se nao em favor dela...só me resta correr e buscar a minha pipa.
... e que sopre o vento da Vida.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário